O U2 às vezes recebe críticas no mundo da guitarra, mas os riffs do U2 no início da carreira estão cheios de momentos incríveis no instrumento.
Como um grande defensor do talento de The Edge, o guitarrista da banda, sempre indico os primeiros três álbuns do U2 para quem quer conhecer o som da banda. Admito que sou fã de carteirinha, mas reconheço que os três primeiros discos são mais fáceis de agradar até mesmo quem não é fã. Nessa fase, o U2 estava no auge do pós-punk, com guitarras cheias de atmosfera combinadas com uma seção rítmica marcante e as performances vibrantes do vocalista Bono. Em termos musicais, os álbuns Boy, October e War foram uma excelente estreia para o grupo.
O que mais me encanta é o estilo de tocar de The Edge nessa época, com um som mais cru e angular, diferente da produção mais elaborada que viria depois. A seguir, vamos falar sobre três riffs desses primeiros álbuns que mostram o talento dele para criar melodias. Esses exemplos são um pouco mais “lado B” da banda, então você não verá aqui músicas como “Sunday Bloody Sunday” ou “Out of Control.”
Twilight
A introdução de “Twilight” é o puro som do U2 em sua essência, com uma leve repetição no delay da guitarra, baixo melódico e bateria precisa. Se você prestar atenção, o riff de guitarra encapsula perfeitamente como The Edge usava efeitos com maestria. Não é um som exagerado, mas acrescenta uma textura extra a um padrão de notas que já é excelente por si só. Tudo isso leva a uma parte central, onde The Edge constrói um solo ascendente, sombrio e com uma pegada blues, algo bem marcante para aquela fase da banda. “Twilight” é ótima para quem quer aprender a usar mais corridas de notas únicas e arpejos, em vez de só tocar acordes de força.
I Threw a Brick Through a Window
O segundo álbum da banda, October, muitas vezes não recebe tanto destaque quanto o primeiro ou o terceiro, mas está cheio de músicas incríveis, com mais espaço e uma pegada experimental. É como um álbum pós-punk mais livre, e “I Threw a Brick Through a Window” exemplifica bem isso. O riff de abertura é sombrio, sobreposto à batida da bateria, e novamente, como em “Twilight”, é simples, mas extremamente eficaz. The Edge faz muito com pouco, criando harmonias marcantes com formas de acordes simples. Esse riff sempre me pareceu uma homenagem à influência do The Clash na banda. De qualquer forma, é um riff incrível e a música é cheia de partes de guitarra únicas.
Like a Song…
O riff principal dessa música me fascina há anos por ser muito simples, mas incrivelmente poderoso. É um padrão de arpejos tocados com acordes abertos, mas a maneira como é executado tem um impacto diferente, especialmente antes do solo de guitarra, que é saturado e quase distorcido. “Like a Song…” é uma obra-prima do pós-punk, e eu gosto especialmente de como a guitarra se entrelaça com a seção rítmica ao longo da música. A guitarra tem seus momentos de destaque, mas nunca exagera, sempre impulsionando a música. É um exemplo perfeito de como escrever de forma eficaz para guitarra, onde The Edge faz muito com pouco.
Esses três riffs mostram como The Edge dominava a arte de criar sons impactantes usando técnicas simples, mas muito bem aplicadas.
Top 3 Riffs do U2 Que Você Deve Aprender na Guitarra
Esses três riffs do U2 são exemplos claros de como The Edge conseguiu criar sons únicos e marcantes, mesmo utilizando técnicas simples. O estilo minimalista, mas impactante, combinado com o uso inteligente de efeitos, mostra o porquê da sua importância na história da música. Aprender esses riffs não só vai te ensinar novas habilidades na guitarra, mas também te dará uma nova perspectiva sobre como a simplicidade pode ser poderosa. Se você está procurando explorar novas sonoridades e expandir suas habilidades, esses riffs são o ponto de partida perfeito.